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CLAMÍDIA E GONORREIA: QUAL O IMPACTO NA FERTILIDADE EM MULHERES?

14/09/2023| By
Danielle Danielle Wimmer,
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Hiago Hiago Lisboa
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Abstract

INTRODUÇÃO As Infecções Sexualmente Transmissíveis são um importante problema de saúde global atualmente e são a principal causa de morbidade genital e reprodutiva em mulheres - as infecções mais comuns são por Clamídia, Gonorreia e Candidíase; as duas primeiras serão alvo deste estudo (TABARELLI et al., 2018). A doença de Clamídia ocorre pelo parasita intracelular obrigatório Chlamydia trachomatis (CT) e representa 131 milhões de diagnósticos por ano no mundo todo (PASSOS et al., 2022 e TABARELLI et al., 2018), chegando a ser estimado mais de 1 milhão de infecções por ano no Brasil (Coordenação Nacional de DST/AIDS e Organização Mundial da Saúde). A CT pode ter um potencial de ataque especificamente às células epiteliais do trato reprodutivo feminino e masculino. Já a doença da Gonorréia ocorre pela bactéria Neisseria gonorrhoeae (NG), que pode resultar em manifestações graves, entre elas, infertilidade; ambas são infecções bacterianas sexualmente transmissíveis (IST) e estima-se 1.541.800 infecções por ano no Brasil (Coordenação Nacional de DST/AIDS e Organização Mundial da Saúde). Podem manifestar-se assintomáticamente (70%), o que resulta em tratamento com manejo sindrômico incompleto (PASSOS et al., 2022 e PILLAY et al., 2021). Apesar disso, há manifestações desde infecção genital, quanto orofaríngeas e retais por CT e NG (20%). As idades mais baixas relatadas com as doenças é de 15 a 19 anos devido a hábitos errôneos (sexo sem preservativo, parceiros sexuais diferentes e simultâneos) (PILLAY et al., 2021). Os principais sintomas de infecção por CT e NG são: corrimento vaginal amarelado, sangramento espontâneo, dispareunia, dor ao urinar e dor pélvica que duram até, em média, 1,4 ano para Clamídia e 6 meses para Gonorreia (PASSOS et al., 2022). Há a possibilidade de CT e a NG aumentarem a suscetibilidade ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), mas ainda não há estudos consistentes longitudinais - devido a má contabilização do contato real ao vírus (PILLAY et al., 2021). Apesar disso, a reinfecção com ambas as bactérias aumentam o risco de complicações ginecológicas, contabilizando também a resistência antimicrobiana (SACHS et al., 2022). Ao exame físico, pode-se reparar algumas vezes em dor em hipocôndrio no exame geral; no específico, é avaliado com espéculo as alterações no canal vaginal, odor e secreções (JENNINGS et al., 2023) - além da coleta de amostras endocervicais (PANTOJA et al., 2012). Nas mulheres, é fundamental pensar em Doença Inflamatória Pélvica (DIP) como causa importante primária ou secundária à CT e NG (JENNINGS et al., 2023), pois seu tratamento inclui medicações que tenham ação contra Clamídia e Gonorreia (JENNINGS et al., 2023). A DIP pode ser assintomática e resolver-se sem necessidade de intervenção, mas pode gerar dor pélvica crônica, gravidez ectópica e infertilidade (MAYER et al., 2023); há divergências quanto a análise de CT e NG resultarem em infertilidade sem antes causar DIP (PILLAY et al., 2021). METODOLOGIA O estudo foi feito por meio de pesquisa bibliográfica com as palavras-chave MeSH Clamídia, Gonorréia, Doença Inflamatória Pélvica e Infertilidade segundo o modelo de seleção: ((PELVIC INFLAMMATORY DISEASE [Title/Abstract]) AND (infertility [Title/Abstract])) e “chlamydia, gonorrhea and infertility” nas bases de dados Pubmed e Scielo. Os filtros utilizados foram pesquisas de 2018 a 2023 sendo, respectivamente, livros e documentos, guidelines governamentais, ensaios clínicos, metanálises, ensaio clínico randomizado controlado e, por último, revisão sistemática. Há um estudo que data 2012, mas foi mantido pela especificidade quanto ao tema no Brasil. Outros filtros aplicados foram o de sexo feminino e idade adulta. Ao todo foram encontrados 20 resultados. Os autores decidiram quais artigos incluir segundo os critérios de filtragem e conteúdo do título/abstract com as palavras-chave, além de usar a metodologia de EQUATOR Network, totalizando 9 estudos para a elaboração desta pesquisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS JENNINGS, Lindsey K.; KRYWKO, Diann M.. Pelvic Inflammatory Disease. Stats Pearls, mar. 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29763134/. Acesso em: 10 set. 2023. PILLAY, Jennifer et al. Screening for chlamydia and/or gonorrhea in primary health care: systematic reviews on effectiveness and patient preferences. Syst Rev, [s. l], v. 1, n. 10, p. 118-122, abr. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33879251/. Acesso em: 11 set. 2023. TAMARELLE, J et al. The vaginal microbiota and its association with human papillomavirus, Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae and Mycoplasma genitalium infections: a systematic review and meta-analysis. Clin Microbiol Infect, [s. l], v. 1, n. 25, p. 35-37, jan. 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29729331/. Acesso em: 11 set. 2023. SACHS, Carolyn J.. Sexual Assault Infectious Disease Prophylaxis. Stat Pearls, jan. 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29489253/. Acesso em: 10 set. 2023. MAYER, Christopher; DEEDWANIA, Preeti. Hysterosalpingogram. Stat Pearls, jun. 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34283512/. Acesso em: 10 set. 2023. The Correlation between Chlamydia Trachomatis and Female Infertility: A Systematic Review PASSOS, Laura Gazal et al. The Correlation between Chlamydia Trachomatis and Female Infertility: A Systematic Review. Rev Bras Ginecol Obstet, Brasil, v. 6, n. 44, p. 0-0, fev. 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgo/a/Mct7sKFHQYSjgdpV3BjyJzP/?lang=en#. Acesso em: 12 set. 2023. PANTOJA, Márcia et al. Prevalence of Chlamydia trachomatis infection among women candidates for in vitro fertilization at a public institution of the State of São Paulo, Brazil. Rev. Brasil. Ginecol. Obstet., [s. l], v. 9, n. 34, p. 0-0, set. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgo/a/kJHP3SYnJrYC3YQj6tsfLcz/?lang=pt. Acesso em: 12 set. 2023. SILVA, Rowersan Cabral et al. Gonorrhea and its resistance to antibiotics: a literature review. Brazilian Journal Of Surgery and Clinical Research, Brasil, v. 29, n. 1, p. 124-132, fev. 2020. Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20191208_112839.pdf. Acesso em: 12 set. 23. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Bolso das Doenças Sexualmente Transmissíveis/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde. 2005. Acesso em: 12 set. 23. Imagens: Conselho Regional de Tecnicos em Radiologia de São Paulo. Histerossalpingografia e a infertilidade feminina, Jan. 2020. Disponível em https://crtrsp.org.br/histerossalpingografia-e-a-infertilidade-feminina/. Acesso em: 13 set 23.

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Submitted by14 Sep 2023
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