This community aims to provide a publication environment for medical students at Unieuro, from research projects to final papers. Peer review from colleagues and professors will be provided to ensure the highest possible quality of published work.
A qualidade do sono é um elemento vital da saúde e bem-estar geral, especialmente para estudantes universitários, cujas demandas acadêmicas e sociais muitas vezes impõem desafios únicos a seus padrões de sono. Uma noite de sono restaurador é essencial não apenas para a recuperação física, mas também para o processamento cognitivo e a consolidação da memória, facilitando a aprendizagem e a função cerebral ótima (SUARDIAZ MURO et al., 2020). Fisiologicamente, o sono é regulado pelo eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, com o neuro-hormônio melatonina desempenhando um papel crucial na indução do sono. Este eixo é sensível a estímulos externos e estresse, e sua perturbação pode levar a distúrbios do sono, como a insônia, impactando negativamente a saúde mental e física e aumentando o risco de problemas como déficits cognitivos e doenças crônicas(ARMAND; BIASSONI; CORRIAS, 2021). Por sua vez, os estudantes universitários enfrentam várias dificuldades que podem prejudicar a qualidade do sono, incluindo pressões acadêmicas, preocupações com o futuro, problemas financeiros, entre outros fatores. Essa condições estão significativamente associados à pior qualidade do sono, conforme observado em uma amostra de estudantes universitários no Brasil, destacando a relevância de abordar essas questões sociodemográficas e comportamentais em intervenções de saúde do sono(OKANO et al., 2019). Muitos estudantes, incapazes de lidar com essas dificuldades, que começam a afetar sua qualidade de sono recorrem ao uso de medicamentos para induzi-lo. Este uso pode variar ao longo da carreira acadêmica e traz preocupações devido aos riscos associados ao uso prolongado de hipnóticos, como dependência e efeitos colaterais adversos, que podem afetar adversamente a função diurna e a saúde mental(GALLEGO-GÓMEZ et al., 2021; LEITE et al., 2022). Portanto, é essencial investigar a qualidade do sono e o uso de medicamentos indutores do sono entre estudantes universitários. Dessa forma, um entendimento mais profundo dessas dinâmicas pode informar estratégias de intervenção que promovam a higiene do sono e alternativas saudáveis ao uso de medicamentos, potencialmente melhorando a saúde, o bem-estar e o sucesso acadêmico dessa população (ALMARZOUKI et al., 2022). Em suma, a qualidade do sono entre estudantes universitários é um campo de estudo que merece atenção. Por conta disso as complexidades do sono e suas interações com a vida acadêmica, fisiologia, comportamentos de saúde e o uso de medicamentos devem ser investigadas. Por fim, descobrir os efeitos dos medicamentos hipnóticos no desempenho acadêmico dos estudantes pode propiciar a instauração de projetos públicos para combater seu uso indiscriminado, além de que abordar esses fatores pode influenciar os estudantes a buscarem a melhoria de sua qualidade de sono.
A primeira cirurgia robótica documentada no mundo ocorreu em 1985, quando o braço cirúrgico robótico PUMA 560 foi utilizado numa biópsia neurocirúrgica,guiado por um feixe de raios laser (PEÑA, 2019).Porém a primeira cirurgia robótica no Brasil só veio a ocorrer no ano de 2008 e desde então a prática da utilização de robôs dentro do centro cirúrgico vem crescendo ano após ano e a tendência é continuar com um crescimento exponencial, já que através do robô os procedimentos podem ser feitos, com maior acurácia e segurança, favorecendo operações menos invasiva; com visualização muito melhor dos órgãos que estão sendo operados; com grande aproximação das estruturas manipuladas; com visão do cirurgião em três dimensões; e leva a menor trauma dos tecidos (COTTA, 2020). Outra característica relevante do robô, é a possibilidade de treinamento em simuladores, em função da manipulação sendo feita roboticamente a partir do uso do console de comando os quais traduzem os movimentos. (NACUL et al., 2020) Além disso, é uma ferramenta que pode ser utilizada em diversas áreas médicas como Cirurgia abdominal, torácica, ginecológica, urológica, neurológica e oncológica.(BANDEIRA et al.,2023) Mesmo que a cirurgia a partir de robôs tenha inúmeros benefícios, também tem desafios sendo o principal o alto custo dos sistemas impossibilitando a utilização dessa tecnologia em diversos lugares, também é importante salientar a necessidade de treinamento especializado e a falta de sensação tátil (PEÑA, 2019).
Atualmente, vem sendo demonstrado uma queda no uso de tabaco, principalmente por cigarros normais. Em contrapartida, observa-se a introdução de outros produtos nocivos como os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), os quais têm uma adesão maior pelos jovens, principalmente em ambiente acadêmico. O atrativo que os DEF proporcionam em comparação com o cigarro convencional é que aqueles são menos malcheirosos que estes, e por isso parecem, ilusoriamente, serem mais inofensivos aos usuários (BRASIL, 2019). Com isso, buscamos saber as principais motivações para o uso dos cigarros eletrônicos entre os universitários, o porquê fazem o uso e quais os problemas observados após o início do uso.
A percepção de si mesmo desempenha um papel central na construção da identidade e autoestima de um indivíduo, uma concepção que remonta a Freud em 1923. Essa percepção está intrinsecamente ligada ao corpo e mente, e essa conexão persiste ao longo do desenvolvimento humano. Contudo, o avanço da mídia e das tecnologias de aprimoramento estético digital recentemente moldou novos padrões de beleza, impactando profundamente a qualidade de vida da população. Aplicativos de edição de fotos permitem correções que antes eram consideradas imperfeições naturais, levando muitas pessoas a buscar procedimentos estéticos para atingir os ideais de beleza propagados nas redes sociais. (POMBO et al, 2022) O problema de pesquisa abordado nesta investigação é a relação entre cirurgia plástica estética e bem-estar psicológico. Especificamente, compreender as motivações subjacentes à busca por procedimentos cirúrgicos para alterar a aparência física e avaliar como essas escolhas impactam nas relações interpessoais, autoestima, e na imagem que o indivíduo tem de si mesmo. ( VAZ et al, 2023) A justificativa para este estudo se baseia nas sérias consequências para a saúde mental resultantes da pressão social e dos padrões de beleza propagados principalmente nas redes sociais, que vêm demonstrando ser uma grande propagadora da beleza irreal. A insatisfação com a aparência pessoal tem desencadeado transtornos depressivos e de ansiedade, principalmente entre mulheres, além de comportamentos alimentares prejudiciais. Compreender essa relação é fundamental para avaliar o impacto psicológico da busca por procedimentos estéticos e, ao mesmo tempo, explorar como a cirurgia plástica reconstrutora pode melhorar a qualidade de vida de indivíduos que enfrentaram traumas ou deformidades físicas. ( ASSIS et al, 2022 ) A hipótese central é que a cirurgia plástica estética tem o potencial de melhorar a autoestima das pessoas, contribuindo para uma melhor aceitação de sua própria aparência. Acredita-se que, em determinados casos, a cirurgia plástica pode desempenhar um papel positivo na saúde mental, reduzindo a insatisfação com a imagem corporal e elevando a autoconfiança. Além disso, espera-se que a cirurgia plástica reconstrutora seja eficaz na melhoria da qualidade de vida de pacientes que passaram por traumas ou têm deformidades físicas. Reconhecemos, no entanto, a necessidade de uma análise mais profunda para entender completamente essas complexas relações. (ASSIS et al, 2022; VAZ et al, 2023).
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum (T. pallidum), que é transmitida por via sexual, transfusão sanguínea e através da transmissão vertical - quando a mãe com diagnóstico de sífilis não é tratada ou não realiza o esquema de tratamento adequadamente. É uma doença que apresenta tratamento acessível, efetivo e eficaz, mas ainda exibe altas taxas de incidência, representando um desafio para a saúde pública. (CONCEIÇÃO, 2019). Isso é explicado, em parte, pela baixa adesão populacional aos métodos contraceptivos de barreira (seguros contra muitas das ISTs - Infecções Sexualmente Transmissíveis) e pela preocupação quanto a uma possível contaminação apenas após o surgimento de sinais ou sintomas. A sífilis gestacional agrega o risco de transmissão vertical e, quando não tratada, cerca de 40% dos casos resultam em desfechos negativos, relacionados ao aborto espontâneo, morte fetal ou neonatal precoce ou ainda graves sequelas perinatais (MACÊDO, 2020). Nesse sentido, o pré-natal é de suma importância para identificação e redução dos riscos da infecção congênita. A maior parte dos casos de sífilis congênita é decorrente de falhas na testagem durante o pré-natal, ou de tratamento inadequado ou ausente da sífilis materna. É resultado da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, geralmente por via placentária. Eventualmente, essa transmissão decorre do nascimento, por contato direto com lesões de sífilis no canal do parto. A transmissão vertical é mais frequente na sífilis recente (lesões primárias, lesões secundárias e sífilis latente recente até um ano) e se reduz com a evolução da doença para as fases tardias, tendo em vista a diminuição de treponemas circulantes. A ocorrência de transmissão vertical também é influenciada pelo tempo em que o feto foi exposto (FIGUEIREDO, 2019).
Sífilis
TÍTULO Infecções por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis: uma revisão descritiva PROBLEMA DE PESQUISA Quais os impactos na fertilidade de mulheres não grávidas em idade reprodutiva que contraíram clamídia e/ou gonorréia? JUSTIFICATIVA As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) impactam o mundo, principalmente países em desenvolvimento onde há poucos dados disponíveis sobre a magnitude de infecções e reportes como as causadas pela Clamídia e Gonorreia. No Brasil, são relatados mais de 1.967.200 quadros de infecções por Clamídia e 1.541.800 por Gonorreia. Logo, é evidente que a ciência médica e os clínicos precisam sempre ter atenção quanto aos sintomas físicos, o exame do canal vaginal e as consequências de um diagnóstico tardio: gravidez ectópica, problemas tubários e infertilidade - tendo em vista que há indicações epidemiológicas da incidência de Clamídia, principalmente, em mulheres atendidas em clínicas de fertilização in vitro atualmente. Cabe avaliar, sobretudo, as relações de causa e efeito entre o desenvolvimento da infertilidade e a infecção pelas duas doenças e seus respectivos patógenos. OBJETIVOS O objetivo dessa revisão bibliográfica é avaliar a correlação entre as infecções por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis e os impactos na fertilidade em diferentes trabalhos publicados. ASPECTOS ÉTICOS Não foi necessária aprovação em Conselho de Ética. Não há conflito de interesse entre os autores e a pesquisa realizada. RECURSOS/ORÇAMENTO Não foi necessário custeio ou patrocínio externo para a realização deste trabalho. INTRODUÇÃO As Infecções Sexualmente Transmissíveis são um importante problema de saúde global atualmente e são a principal causa de morbidade genital e reprodutiva em mulheres - as infecções mais comuns são por Clamídia, Gonorreia e Candidíase; as duas primeiras serão alvo deste estudo (TABARELLI et al., 2018). A doença de Clamídia ocorre pelo parasita intracelular obrigatório Chlamydia trachomatis (CT) e representa 131 milhões de diagnósticos por ano no mundo todo (PASSOS et al., 2022 e TABARELLI et al., 2018), chegando a ser estimado mais de 1 milhão de infecções por ano no Brasil (Coordenação Nacional de DST/AIDS e Organização Mundial da Saúde). A CT pode ter um potencial de ataque especificamente às células epiteliais do trato reprodutivo feminino e masculino. Já a doença da Gonorréia ocorre pela bactéria Neisseria gonorrhoeae (NG), que pode resultar em manifestações graves, entre elas, infertilidade; ambas são infecções bacterianas sexualmente transmissíveis (IST) e estima-se 1.541.800 infecções por ano no Brasil (Coordenação Nacional de DST/AIDS e Organização Mundial da Saúde). Podem manifestar-se assintomáticamente (70%), o que resulta em tratamento com manejo sindrômico incompleto (PASSOS et al., 2022 e PILLAY et al., 2021). Apesar disso, há manifestações desde infecção genital, quanto orofaríngeas e retais por CT e NG (20%). Os principais sintomas de infecção por CT e NG são: corrimento vaginal amarelado, sangramento espontâneo, dispareunia, dor ao urinar e dor pélvica que duram até, em média, 1,4 ano para Clamídia e 6 meses para Gonorreia (PASSOS et al., 2022). Há a possibilidade de CT e a NG aumentarem a suscetibilidade ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), mas ainda não há estudos consistentes longitudinais - devido a má contabilização do contato real ao vírus (PILLAY et al., 2021). Apesar disso, a reinfecção com ambas as bactérias aumentam o risco de complicações ginecológicas, contabilizando também a resistência antimicrobiana (SACHS et al., 2022). Ao exame físico, pode-se reparar algumas vezes em dor abdominal baixa no exame geral; no específico, é avaliado com espéculo as alterações no canal vaginal, odor e secreções (JENNINGS et al., 2023) - além da coleta de amostras endocervicais (PANTOJA et al., 2012). Nas mulheres, é fundamental pensar em Doença Inflamatória Pélvica (DIP) como causa importante primária ou secundária à CT e NG (JENNINGS et al., 2023), pois seu tratamento inclui medicações que tenham ação contra Clamídia e Gonorreia (JENNINGS et al., 2023). A DIP ocorre com maior frequência em mulheres de 15 a 25 anos. Ao passar das décadas, os casos de DIP, mas continuam comumente sendo vistas em ambulatórios e em serviços de emergências (JENNINGS et al., 2023). A DIP pode ser assintomática e resolver-se sem necessidade de intervenção, mas pode gerar dor pélvica crônica, gravidez ectópica e infertilidade (MAYER et al., 2023); há divergências quanto a análise de CT e NG resultarem em infertilidade sem antes causar DIP (PILLAY et al., 2021). METODOLOGIA O estudo foi feito por meio de pesquisa bibliográfica com as palavras-chave MeSH Clamídia, Gonorréia, Doença Inflamatória Pélvica e Infertilidade segundo o modelo de seleção: ((PELVIC INFLAMMATORY DISEASE [Title/Abstract]) AND (infertility [Title/Abstract])) e “chlamydia, gonorrhea and infertility” nas bases de dados Pubmed e Scielo. Os filtros utilizados foram pesquisas de 2018 a 2023 sendo, respectivamente, livros e documentos, guidelines governamentais, ensaios clínicos, metanálises, ensaio clínico randomizado controlado e, por último, revisão sistemática. Há um estudo que data 2012, mas foi mantido pela especificidade quanto ao tema no Brasil. Outros filtros aplicados foram o de sexo feminino e idade adulta. Ao todo foram encontrados 20 resultados. Os autores decidiram quais artigos incluir segundo os critérios de filtragem e conteúdo do título/abstract com as palavras-chave, além de usar a metodologia de EQUATOR Network, totalizando 9 estudos para a elaboração desta pesquisa. PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA REFERENCIAL TEÓRICO FISIOPATOLOGIA A infecção do trato genital feminino superior pode causar danos inflamatórios que resultam em cicatrizes, aderências e obstrução total ou parcial das trompas de Falópio (TF). Como resultado, observa-se perda de células epiteliais ciliadas no revestimento de TF, gerando problema no transporte do óvulo - aumentando o risco de gravidez ectópica. As aderências, de maneira crônica, podem gerar dor pélvica (JENNINGS et al., 2023). Em relação à infecção ocasionada por Clamídia e sua bactéria coco gram-negativo, Chlamydia trachomatis, há 18 sorotipos descritos, onde dois atuam patologicamente no trato genital (tipos de K1). A doença ocorre por endocitose no hospedeiro, onde CT fica metabolicamente ativa e é mais difícil de ser eliminada pelo sistema imune (Ministério da Saúde, 2006). O diagnóstico geralmente pode ser realizado por esfregaços vaginais e realizado um teste de amplificação do ácido nucléico (NAT), mas não há problema em tratar empiricamente caso os sintomas sejam coincidentes (Ministério da Saúde, 2006). Além disso, a infecção causada pela Gonorreia e seu agente Neisseria gonorrhoeae é variável em relação à própria virulência, sendo muito adaptativa (SILVA et al., 2020). O patógeno infecta o epitélio colunar mucoso e entra até o tecido submucoso pela proteína Opa e pelos pilli em até 48 horas após a exposição ligados a inflamação por TNF-alfa. O TNF-alfa gera apoptose das células epiteliais e libera-se interleucina-8 - isso resulta em quimiotaxia neutrofílica. Logo, há desenvolvimento de micro-abscessos submucosos com exsudato livre. Nas mulheres, a doença costuma ser assintomática, mas pode haver prurido vaginal e saída de secreção mucopurulenta (SILVA et al., 2020). O diagnóstico padrão-ouro é por isolamento de cultura, mas há outros testes como o PCR. Outro sintoma importante que pode acontecer é a salpingite aguda (inflamação das tubas uterinas) é a principal causa de infertilidade feminina no mundo (SILVA et al., 2020). Outras complicações possíveis são: Bartolinite e Faringite Gonocócica, chegando até a endocardite bacteriana segundo o autor Silva et al. (2020). Segundo Tabarelli et al. (2018), sabe-se que nem todos com contatos sexuais com CT e NG conduzem a infecção propriamente dita, além de nem sempre trazer complicações ao longo dos anos. Apesar disso, fatores como a microbiota vaginal, imunidade inata/adaptativa do hospedeiro, aptidão/carga do patógeno podem modular como será a patologia para cada paciente (TABARELLI et al., 2018). A microbiota vaginal, por exemplo, pode interagir com o patógeno de duas maneiras: 1) Sequência da fisiopatologia da infecção por CT ou NG (apesar de não haver clara associação para ação em NG e a microbiota vaginal) 2) Mudança na conformação quantitativa de bactérias da microbiota devido a doença Em contrapartida, ainda é necessário mais estudo sobre a ação dessa microbiota, ferramentas de diagnóstico e prevenção (TABARELLI et al., 2018). INFERTILIDADE: COMO AVALIAR? A inflamação das tubas uterinas é uma das formas de se observar a infertilidade causada pela CT e NG, principalmente por Gonorreia (SILVA et al., 2020) visto que 60% dos motivos de infertilidade são os distúrbios nas trompas (MAYER et al., 2023). Outrossim, foram citados: danos inflamatórios que resultam em cicatrizes, aderências e obstrução total ou parcial das TP (JENNINGS et al., 2023). Uma forma de detectar a infertilidade em mulheres é através da Histerossalpingografia. Este método usa um corante radiopaco que é injetado no útero, depois é realizado um raio-x e o objetivo é avaliar a patência das trompas e a cavidade endometrial (Figuras 1 e 2). A depender do resultado é fundamental a abordagem hormonal e estudo do parceiro também (MAYER et al., 2023). Pode-se realizar primeiramente a ultrassonografia pélvica, que é menos invasiva. Caso seja uma paciente com histórico de DIP causada ou não por CT e NG - pois não se pode realizar histerossalpingografia com infecção ativa, nesse caso deve ser realizado o tratamento antes, gravidez ectópica anterior ou endometriose, a laparoscopia e a tintura podem ser dois métodos mais apropriados (MAYER et al., 2023). Analisando os casos de problemas tubários associados a CT, houve relato no estudo de Silva et al. (2020), mas a prevalência de CT entre mulheres inférteis era de apenas 1,1%. Das mulheres analisadas no estudo, 9,4% tinham CT e 1,5% tinham NG, apesar disso relata-se 6% de 214 mulheres com CT avaliadas para fertilidade ou não. Pacientes inférteis podem desenvolver o sentimento de responsabilidade quanto à fertilidade do casal como um todo, a maioria que procura um serviço de fertilização in vitro seria mãe de primeira viagem, com parceiro fixo (SILVA et al., 2020). Tendo isso em vista, as mulheres que relataram terem tido mais de dois parceiros ao longo da vida podem ter uma infecção por CT, por exemplo, ativa e não saber (SILVA et al., 2020). Portanto, é importante realizar o rastreio de Clamídia e Gonorreia, procurando também por DIP e alterações com inflamação tubária a fim de que as mulheres que desejam ter filhos possam realizar o desejo o quanto antes. Seja com os testes diagnósticos, o tratamento com antibióticos ou uso de exames de imagem, a Clamídia e a Gonorreia são doenças que aumentam cada vez mais o número de pessoas afetadas de forma aguda e crônica - que é mais preocupante, devido aos hábitos de vida e falta de proteção ao ter relações sexuais com um parceiro fixo ou não. É necessário realizar mais estudos que abranjam mais mulheres, visto que existe apenas um estudo no Brasil que associa a infertilidade às DSTs em serviços de fertilização in vitro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS JENNINGS, Lindsey K.; KRYWKO, Diann M.. Pelvic Inflammatory Disease. Stats Pearls, mar. 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29763134/. Acesso em: 10 set. 2023. PILLAY, Jennifer et al. Screening for chlamydia and/or gonorrhea in primary health care: systematic reviews on effectiveness and patient preferences. Syst Rev, [s. l], v. 1, n. 10, p. 118-122, abr. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33879251/. 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O direito à alimentação adequada é reconhecida como direito de todos e um dever do Estado. De acordo com o texto constitucional, cabe ao Estado a tarefa de garantir a saúde para todos, através de políticas sociais e econômicas voltadas tanto para a redução do risco de doença e de outros agravos, quanto ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Nesse contexto de materialização dos princípios do SUS foi implementado o Programa da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (PTNED - SES/DF) para fornecimento de fórmulas especiais de uso domiciliar que atende pacientes com indicação de dietas via sonda, seja pela incapacidade de alimentação via oral, seja para alguns casos de suplementação oral. O objetivo geral deste estudo consiste em compreender como tem se concretizado o acesso ao PTNED da SES/DF por famílias de crianças menores de 2 anos que recebem o diagnóstico de Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). Os objetivos específicos são analisar os critérios de inclusão dos usuários nas bases de dados para acesso ao programa; e identificar fatores que influenciam os itinerários terapêuticos dos usuários do PNED em sua busca por cuidado. Para tanto, será utilizada como metodologia a análise de dados do Programa e a construção de itinerários terapêuticos de famílias de usuários selecionados. Com esta pesquisa, espera-se contribuir com subsídios para a qualificação do programa e ampliação equitativa do acesso às fórmulas de suplementação alimentar.
A ansiedade é considerada atualmente como uma das doenças que mais afetam a população mundial. A ansiedade é definida como um sofrimento causado por antecipação a algo desconhecido, gerando sentimentos desconfortáveis de medo, angústia e insegurança relacionado a causa do sofrimento. O tratamento da ansiedade atualmente é voltado, para a administração de medicamentos da classe terapêutica dos ansiolíticos onde se resume ao uso dos Benzodiazepínicos e não Benzodiazepínicos, que são psicofármacos que possuem efeitos colaterais a longo e curto prazo, além de reações adversas bem desconfortáveis. A expectativa do uso do canabidiol (CBD) como opção terapêutica para transtorno de ansiedade deve-se aos efeitos psicoativos e na cognição, qualidade, segurança nos ensaios clínicos com resultados positivos e o amplo espectro de ações farmacológicas, dessa forma é imprescindível o conhecimento por parte dos profissionais da saúde mental sobre os benefícios e adversidades do uso terapêutico deste fitoterápico quando utilizado como estratégia de enfrentamento do adoecimento que afeta violentamente a população brasileira.
A depressão ou Transtorno Depressivo Maior afeta milhões de pessoas no mundo todo, sendo 19 milhões no Brasil. A doença deve durar no mínimo 2 semanas com a inclusão de pelo menos quatro sintomas que mostram alteração no apetite/peso, sono, falta de energia, sentimentos de culpa, problemas ao pensar e tomar decisões - chegando até pensamentos de morte e o suicídio. A depressão infantil é considerada uma das condições pediátricas mais prejudiciais ao paciente, mas ao diagnosticar um transtorno depressivo em indivíduos de 13 a 18 anos, a abordagem nunca deve ser unidirecional e sim integrativa a vida social, econômica, familiar, amorosa e escolar. Os fatores de risco para o TD estão imersos em cada um desses fatores, avaliando os objetivos de vida alcançados e a serem alcançados, além da priorização à fala de eventos prazerosos a eventos estressantes. A influência da doença sobre a vida do adolescente é tão intensa que requer cuidado especial e terapias de custos acessíveis, sendo necessário reinventar o sistema de saúde e de educação atual.