Introdução: A intubação orotraqueal (IOT) é um procedimento realizado através do uso de sequência rápida de intubação (SRI) com sedativos e analgésicos associados a bloqueadores neuromusculares a fim de evitar maiores complicações e atribuir facilidade e fluidez na IOT. Constituinte de quatro passos principais (pré-oxigenação, pré-medicação, sedoanalgesia e paralisia neuromuscular), a SRI pediátrica é muito variável e sem consenso devido a produção de maiores guidelines adultos. Comumente realizada em atendimentos urgentes ou em terapia intensiva, a IOT possui como indicação: ventilação ou oxigenação insuficiente, proteção de via aérea e insuficiência respiratória aguda. Na pediatria, além da anatomia e suas alterações por doenças sindrômicas, a fisiologia do paciente é fundamental para que o procedimento seja realizado com sucesso. Outrossim, a dificuldade de realizar o procedimento é grande e deve ser incentivado o uso de treinamentos precoces de intubação endotraqueal pelo seu alto risco e alta taxa de morbimortalidade. Objetivo: Essa revisão de literatura tem como objetivo principal entender como é indicada a intubação orotraqueal por sequência rápida no pronto-socorro pediátrico. Métodos: A pesquisa ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica de artigos publicados nos últimos 13 anos utilizando as bases de dados PUBMED, Scopus (Elsevier), UpToDate e NCBI com os termos Rapid sequence tracheal intubation; Pediatric Emergency Medicine e Complications of pediatric IOT. Resultados e discussão: A IOT pode ser realizada via sequência rápida com sedativos e analgésicos associados a bloqueadores neuromusculares, porém a SRI foi introduzida apenas recentemente no Brasil. Após a implantação das diretrizes para suporte avançado de vida em 2002, foi detalhada sua fase de preparação: a checagem do material, revisão do prontuário e anamnese do paciente e da mãe - para a pediatria, com a finalidade de selecionar melhor as medicações que serão usadas. Caso a intubação esteja difícil, o posicionamento com alinhamento do eixo faríngeo-traqueal precisa ser verificado, assim como os preditivos de via aérea difícil. Na pediatria, os preditivos são similares aos de adultos devido a poucos estudos sobre o manejo da via aérea difícil para a área. É fundamental a avaliação de contraindicações da intubação orotraqueal, como doenças glóticas e supraglóticas que atrapalhem a passagem do tubo traqueal e da laringoscopia, lembrando de manejar corretamente as vias aéreas difíceis segundo suas indicações - sejam elas anatômicas ou fisiológicas. Conclusão: Assegurar que a oxigenação esteja equilibrada à demanda do paciente pediátrico é o objetivo principal da intubação orotraqueal. Sabe-se da limitação de materiais e de treinamento de profissionais para lidar com complicações associadas e o manejo da via aérea, logo deve-se instituir mais treinamentos precoces a fim de reduzir o risco de morte, falha no procedimento e produção de maiores estudos sobre o manejo da via aérea difícil na IOT para pacientes pediátricos no Pronto-Socorro.
Show LessSilva Rodrigues , P., Barbosa da Silva, L., Marques de Carvalho, T., Souza Gonçalves, M., Moura dos Santos , P., Melo de Lucena, L. & Tardin Martins, P. (2023). AVALIAÇÃO DE INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL EM SEQUÊNCIA RÁPIDA NO PRONTO-SOCORRO PEDIÁTRICO [version 1] [preprint]. Evidence-Based Medicine at Unieuro (EBMU).
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